sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Escuro

É tudo tão escuro lá fora.. Olho pela janela e é a escuridão que invade tudo à minha volta, e quando olho para dentro de mim, para aquilo que sou e que sinto, não vejo mais que o escuro. Afinal, para onde vão os amores que foram um dia? A resposta parece óbvia a toda a gente, não vão, ficam para sempre gravados nos nossos corações, mas para mim essa resposta não é assim tão linear. Como é possível tudo se desmoronar assim e apagar-se tudo, num só sopro, é como se esse sopro levasse tudo o que foi de nós, tudo o que foi de mim. Levasse tudo para bem longe das tuas emoções. Custa, dói, foram promessas feitas em vão, não passaram de meras palavras bonitas ditas ao luar, pelo menos para ti. Eu ainda trago comigo essas promessas, e tenciono cumpri-las, dizem que primeiro amor é para sempre e hoje, quase 2 anos depois do inicio e 1 ano do fim, continuo a sentir a mesma admiração por ti, a mesma gratidão pelo quão feliz me fizeste e pelo quanto me ensinaste, o mesmo respeito e carinho por tudo o que juntos fomos. Foste o meu primeiro grande amor e também a minha maior desilusão. Senti o mundo perdido ao perder-te, sofri como nunca imaginei ser possível, corri mundos e fundos para te reencontrar e nada valeu a pena. Para ti não passou de um jogo de crianças do qual decidiste fazer birra e não querer mais. Tu que eras tão puro, como é possível? Nunca pensei que as pessoas mudassem tanto assim… Era tudo tão mágico, sempre achei tudo tão irreal e agora vejo que para ti eu não existo nem nunca existi. O meu nome é sinal de algo desconhecido, ou que teimas em desconhecer. Agora um outro amor preenche a minha vida, um amor diferente sem dúvida, não melhor nem pior, apenas diferente, mas ao contrário de ti, em mim continuas presente, não com o Amor que tanto por ti senti, mas com esta ternura de algo que foi tudo em mim e que não quero que passe a ser um nada. Mas como toda a gente sabe nada é estático nem definitivo e para ti, eu morri a partir do momento em que o amor acabou. Já não reconheces o meu nome, não reconheces a minha voz, não reconheces o meu olhar, não reconheces o meu jeito de ser, não reconheces aquilo que sou, não reconheces o que mais admiravas em mim, não reconheces o que fomos, nem tão pouco o que eras. Sinto muito que para ti tenha sido apenas uma entre as outras que não houveram, e magoa saber que mesmo tendo sido a única não soubeste preservar o valor que me davas, mesmo enquanto uma amiga. Dói ouvir da tua boca que de tudo o que és tudo foi graças a ti e não a nós, quanto a mim, uma parte do que sou é um reflexo do que fomos ou do que eu julgava que éramos. Não, não te amo, apenas não compreendo para onde foi o amor que foi um dia!

“Para nos lembrar que o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura”

29.10.2009

domingo, 4 de outubro de 2009

Afinal não passou de um nada...

Afinal não passou de um nada, um nada que começou por ser um tudo, ou pelo menos assim pensava eu...As coisas tendem a mudar com o tempo, e a nossa amizade não foi excepção. Quando pensava que estava tudo bem, zás, uma facada pela costas, não que não esteja habituada a essas facadas, mas vinda de ti, apanhou-me de surpresa e doeu o triplo. Foi uma dor continuada, algo que já vinha a dar sinais de si há já algum tempo. Sempre dei tudo de mim por esta amizade, sempre fui eu a dar o braço a torcer, não me apoiaste o suficiente na altura em que mais de ti precisei, e tudo começou aí, daí até às tuas birras e criancices foi um saltinho, e agora vejo que deixaste escapar todo o amor que nos unia, conseguiste com que o meu amor se desvanecesse por não ter alicerces... Já não dói, já não caem as lágrimas, já tudo doeu e já tudo chorei, é triste mas a verdade é que a nossa amizade não passa de um nada, depois de tantas promessas chegou a altura de dizer o Adeus tão adiado, já nada nos une, já não há confiança, já não há conversa, já nada há, só resta a recordação, mas até quando durará ela?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O começo..

Bem, já há muito que idealizava a criação de um blogue, mas talvez me tivesse faltado a coragem, ou a preguiça tivesse tomado conta de mim. A verdade é que sou uma "menina" que vive muito de sentimentos e de sonhos, e que por vezes sinto necessidade de desabafar aquilo que sinto e penso, não é que não tenha pessoas em quem confie ou me apoiem, porque felizmente tenho pessoas bastante especiais qe me vão completando, mas necessito de algo mais além, escrever dá-me a estabilidade que preciso nesses momentos. E porque não, escrever para um sítio em que toda a gente pode ler?
Esta é a minha experiência no blogue :)